A Graça, manifestada a este mundo no sacrifício do Deus-Filho, será para sempre, nesta dimensão, incompletamente compreendida. Por mais reflexões que existam, livros, textos, por mais debates que possa haver, ninguém compreenderá a plenitude do que significou a morte do inocente Jesus de Nazaré numa cruz, sendo torturado, esmurrado, desprezado por todos e momentaneamente por Seu Pai, qual a extensão dessa entrega voluntária, qual o divino e eterno propósito envolvidos ou simplesmente, o porquê. Se a Graça nos alcançou um dia e efetivamente ela chegou até nós, resta-nos ser gratos, sempre, a esse Deus que “com amor eterno nos amou e com bondade nos atraiu” (Jr 31:3). Tudo o que temos são pequenos lampejos, flashes, fragmentos da Graça que fazem parte de um todo ainda nublado. O sangue de Jesus Cristo nos abriu e abre diariamente um caminho novo, limpo e direto ao Pai, um acesso a Sua santidade inviolada, ao Seu Reino e a uma vida abundante que está a nossa disposição agora. Partilhar o caráter da Trindade, como Corpo de Jesus é um privilégio sem igual. Ser habitação do Espírito Santo, nosso ajudador, que está dentro de nós e ao nosso lado, é viver hoje a esperança da glória vindoura.
Assim, Deus nos deu um destino absolutamente imerecido e também arrumou pra Si mesmo um “problema”: ser refém da Sua própria Graça, nunca poder negar a um pecador consentido a chance de recomeçar. Deus fica de mãos atadas frente a uma confissão e um pedido de perdão, por pior que seja o infrator. Ele não poderia “se dar ao luxo” de virar as costas para ninguém, mesmo que o mundo todo vire. Mesmo que houvesse um clamor por justiça, mesmo que houvesse um réu julgado e sentenciado no banco, ele receberia clemência do Pai, se invocasse o Seu nome, tendo todo o seu mal apagado, anulado, esquecido, por causa Daquele que “riscou o escrito da dívida que havia contra nós” (Cl 2:13-14). O perdão fez de Deus um escravo do Seu próprio amor:
“E todos nós recebemos da sua plenitude, e graça por graça” (Jo 1.16);
“Porque eu lhes perdoarei a maldade e não me lembrarei mais dos seus pecados" (Hb 8:12).
Como filhos de Deus, comprados pelo precioso sangue de Jesus, vivemos inundados neste mar da Graça do Pai, disponível 24 horas por dia, sempre pronta a nos socorrer, sempre perto de nós. Nunca seremos decepcionados, nunca ficaremos ao relento, nunca seremos negados, por mais que sejamos infiéis. O juízo de Deus é refém do Seu amor.
Frente a essa oferta, podemos responder ao Senhor de duas maneiras: ou vivemos piedosamente, em busca de santidade pessoal e no Corpo de Cristo ou optamos por viver sem assumir responsabilidade diante de Deus, crendo da dispensação inerrante da Graça.
Penso que temos presenciado uma geração sem muito compromisso com Jesus, que tem optado por uma vida somente baseada em princípios cristãos de moral e ética (não roubar, matar, mentir, etc.), sem realmente tomar a cruz a cada dia, sem ter renúncias frente às ofertas desse mundo, sem ter o sofrimento, marca daqueles que seguem o Senhor com integridade e sinceridade. Gente que “barateou” a graça de Jesus, vivendo a intensidade e o momento, deixando de lado a perspectiva celestial. Essa questão não é nova, Paulo já trata sobre ela extensamente em Romanos 6: “Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum”. (Rm 6:15).
Meu desafio pra você é que faça a opção pela santidade! Deus conhece as suas falhas e limitações, mas escolha servir, escolha a vida de Cristo, escolha sua Cruz. Suas opções nessa vida serão abundantemente recompensadas pelo próprio Senhor na glória que virá um dia. A Palavra traz advertências quanto ao nosso modo de viver:
“Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade”.
1 Tessalonicenses 4:7 (leia o capítulo todo!)
1 Tessalonicenses 4:7 (leia o capítulo todo!)
“Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor”. Hebreus 12:14
“Assim como vocês ofereceram os membros dos seus corpos em escravidão à impureza e à maldade que leva à maldade, ofereçam-nos agora em escravidão à justiça que leva à santidade”. Romanos 6:19
“O Deus de toda a graça, que os chamou para a Sua glória eterna em Cristo Jesus, depois de terem sofrido durante pouco de tempo, os restaurará, os confirmará, lhes dará forças e os porá sobre firmes alicerces. A Ele seja o poder para todo o sempre. Amém”. 1 Pedro 5:10-11.
Vida de santidade é sacrifício diário, mas a alegria é do Senhor. Você é convidado a participar e experimentar a paz transcendente!
"O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco; eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu Senhor! ’ Mateus 25:23.
Fábio Carvalho / @fabioccarvalho
nossa que lindo, que profundo,um mergulho dentro das minhas atitudes..
ResponderExcluirobrigado irei refletir mais e mais..!
a paz.
É isso, minha querida, que a Graça nos leve a refletir e mudar nossas atitudes em resposta a ela. Deus não quer nada de nós em troca, suas dádivas são livres e nos libertam. A maneira como nós respondemos a ela é que determina nosso nível de intimidade com o Senhor. Um abraço, fica em Paz!
ExcluirMuito Lindo Esse Artigo
ResponderExcluirValeu, Rian! Que o Pai nos guie no entendimento da sua Graça, mesmo na nossa limitação! Maravilhosa Graça de Jesus!!
ExcluirGostei muito do texto. É realmente muito difícil entender a dimensão da Graça, do amor do Pai. "Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, ao ponto de sermos chamados filhos de Deus (...) Todo aquele que permanece Nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não O viu nem O conheceu." (1 João 3:1 e 3:6) Que o Senhor nos ajude dia-a-dia a permanecer Nele! bjs.
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