Vou aqui compartilhar alguns trechos do livro: Jesus e suas dimensões - Anselm Grün.
3 - Jesus, o caminheiro: Quando considero Jesus como caminheiro, sinto sua liberdade e a força que emana dele. Não fez da caminhada uma ideologia. Não projetou estratégia alguma de pregação nem uma cruzada missionária. Percorre seu caminho na liberdade. Deus é aquele que nos liberta da preocupação. Só aquele que caminha é que permanece vivo. Minha vida é um caminho interior, um constante caminhar. Não posso parar. Tenho que ir adiante, assim como Jesus deve ter sentido uma necessidade interior. "É necessário que caminhe hoje, amanhã e depois de amanhã" (Lc 13-33) Ao que é que me prendo? Onde fico parado? A que coisas me apeguei, de que coisas sou dependente? Desfrute do caminhar! Perceba as belezas naturais e preste atenção ao seu coração! Talvez ele esteja se dilatando de alegria.
4 - Jesus, aquele que rejeita o poder: Jesus não tinha qualquer ambição de subir na hierarquia do judaísmo da época, nem como rabino fariseu, nem como doutor da lei, nem como sacerdote. Para Mateus, é precisamente a morte de Jesus na cruz o sinal de que ele renuncia ao poder e à violência (Mt 26-52/53). Jesus se recusa a fundar uma organização da qual ele seja o líder, Segue seu caminho, o caminho da pregação e da cura. Jesus resiste a todas essas tentações. Talvez ele exerça tanto poder sobre as pessoas que o seguiram ao longo dos séculos justamente por haver renunciado ao poder. Jesus exerce um poder interior que fascina as pessoas. Onde você exerce poder? Você força os outros ameaçando largar tudo, dizendo que não quer mais se envolver? Medite sobre a recusa de Jesus ao poder e, inspirado pelo modelo desse Jesus de Nazaré, deixando-se guiar pelo Espírito da não-violência.
5 - Jesus, aquele que não cobra rendimento: Jesus não entra nesse carrosel do "alto rendimento". Volta-se precisamente para os que não rendem: os pobres e os pecadores, os desprezados, os que não têm direitos. Isso encomoda os fariseus, que se orgulham das obras praticadas. Não se trata de produzir e ganhar, mas sim de ser fiel e confiável no que faço. O que importa não é provar alguma coisa pelo trabalho, ter uma produção da qual eu possa sentir orgulhoso; a arte de viver consiste em meu envolvimento com o trablho que me é oferecido, que é exigido de mim. O amor de Deus já está a nossa disposição. Deus sempre nos acolhe, não importando o que tenha acontecido. O que explica os frutos "cem por um" não é o rendimento, mas sim a fé. Do que é que você vive? Você se define pelo que produz? O trabalho brota do seu interior? Ou você se refugia no trabalho para escapar à sua verdade interior, como fez o imrão mais velho na parábola do filho prodigo?
Retirado do Livro: Jesus e suas dimensões - Anselm Grün
Ao final dessas cinco dimensões de Jesus apresentada aqui, ele continua sendo o mesmo em seu conceito? Você continua o enquadrando no seu "mundinho"? Você continua orbitando Deus? Afinal, quem é Jesus para você?
Eu estou me apaixonando ainda mais por esse Jesus que não pode ser apreendido, que sempre escapa aos nossos conceitos.
Boa semana à todos!
Deus abeçõe.
Deus abeçõe.
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